O incrível Parque Nacional Torres del Paine, conhecido internacionalmente por sua beleza natural, é uma das áreas ambientais protegidas mais importantes do Chile, abrangendo montanhas, geleiras, lagos e rios. Ele está localizado no sul do país, entre a Cordilheira dos Andes e as estepes da Patagônia.
Para conhecer e explorar essa paisagem cênica, é possível dirigir, fazer trilhas, andar a cavalo, andar sobre o gelo glacial e até navegar por lagos e rios de condições algumas vezes imprevisíveis. Encontre aqui todas os detalhes e informações para essa aventura inesquecível e incomparável.
Sobre
O Parque Torres del Paine é conhecido principalmente pelo Maciço Paine, que inclui suas três famosas torres de granito. Da esquerda para a direita, eles são conhecidos como Torres d’Agostini, Central e Monzino, que tem uma altura de até 2.500 metros e são acompanhadas pelo Cuernos del Paine. A área também possui outros pontos notáveis como vales, o rio Paine (que dá nome ao parque), lagos e geleiras pertencentes ao Campo de Gelo da Patagônia Sul.
O parque que está localizado a 110 km ao norte de Puerto Natales e 310 km ao norte de Punta Arenas é considerado uma reserva da biosfera pela UNESCO, recebendo anualmente mais de 280 mil visitantes.
Dono de uma história rica, esse território primeiramente pelos indígenas Tehuelches (Paine significa “azul” no idioma nativo), cujos registros, em alguns casos, atingem mais de 6.500 anos de história. Essa região foi muito afetada pela chegada dos colonizadores a partir de 1870, o que resultou no desaparecimento e expulsão dos indígenas visando a exploração pecuária do terreno.
A CONAF (Corporação Nacional de Florestas) administra e mantém uma ocupação permanente no parque, com vários guardas florestais. Eles possuem uma Sede Administrativa e Centro de Visitantes próximo da Entrada Serrano. Nesse local, você tem acesso a informações oficiais sobre o parque e pode solicitar licenças para atividades especiais.
O parque é rico em vida selvagem, os principais animais que o habitam são: Guanacos (parentes das alpacas e lhamas) um dos mamíferos mais comuns encontrados no parque; Huemul uma espécie de cervo ameaçado de extinção; Pumas; Raposas, Cisnes de Pescoço Preto; Flamingos (especialmente na Laguna Amarga e Laguna de los Cisnes) e Condores Andinos.
Quando ir
A alta temporada vai de outubro até abril e cerca de 80% dos visitantes costuma ir nessa época.
A nossa escolha foi ir durante o verão pela maior duração do dia e temperatura menos fria, mas cada estação tem sua peculiaridade, apenas evite ir no inverno, pois grande parte dos hotéis, passeios e trilhas ficam fechados.
Dentro do parque, mesmo no verão, as condições meteorológicas são muito instáveis, devido ao seu variado relevo com montanhas e lagos, então um dia que começa bem ensolarado e aberto pode trazer chuva e ventos fortes a tarde e bastante frio a noite. Então o ideal é ir preparado para todos os climas em qualquer época do ano.
Verão (dez-fev) | > Alta temporada, ou seja, preços de hotéis e passeios mais caros. É melhor reservar tudo com antecedência; > Sem neve nas caminhadas; > Dias mais quentes com o sol se pondo depois das 21 horas; > Temperaturas temperadas, com máximos em torno de 18 °C e mínimos em torno de 4 °C; > O vento é muito forte, podendo atingir rajadas de até 150 km/h. É muito comum que haja dias de chuva e ventos intensos, o que causa uma sensação térmica muito baixa. |
Outono (mar-mai) | > Céu ensolarado e limpo e as cores do outono tomam conta, uma boa época para fotografar; > Queda de neve no final da estação; > Meses mais chuvosos do ano; > Os dias são mais curtos, com entre 9 a 13 horas de luz do dia. |
Inverno (jun-ago) | > Dias muito frios e curtos, com uma média de 8 horas de luz do sol; > Bastante neve nas montanhas e em algumas trilhas; > A maioria das trilhas e hotéis ficam fechados; > Temperaturas com máximas em torno de 5 ° C e mínimas em torno de -2 ° C; > Menos vento que o restante do ano, mas podem ocorrer dias com ventos fortes e sensação térmica muito baixa, onde não é permitida a realização de trilhas. |
Primavera (set-nov) | > Ventos fortes e muitos dias nublados; > Média, entre 12 e 16 horas de luz do dia; > Passeios e hotéis mais vazios que no verão. |
Como Chegar
1. Avião até Punta Arenas
Saindo do Brasil será necessário pegar um voo até Punta Arenas, a maioria com conexão em Santiago. Os voos mais baratos geralmente são pela Latam.
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2. Via Terrestre até Puerto Natales
De Punta Arenas é preciso seguir por terra até Puerto Natales (248 km / 3 horas), que é a cidade grande mais próxima ao parque. Se você for alugar um carro para fazer o trajeto sugiro a pesquisa pelo site RentCars, que inclui uma grande variedade de locadoras e possibilidade de pagar em reais, sem IOF.
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O trecho entre Punta Arenas – Puerto Natales é operado pelas empresas: Bus Sur, Buses Pacheco e Buses Fernandez. A passagem custa por volta de $ 8.000 (R$ 45) e pode ser comprada diretamente no site das empresas ou em agregadores como Recorridos, Passajebus ou Busbud.
3.1 Via Terrestre até Torres del Paine
O trajeto entre a cidade de Puerto Natales e Torres del Paine pode ser feito de carro alugado, ônibus ou van, em uma viagem de aproximadamente 2 horas. Uma informação muito importante é que não há postos de gasolina no parque, então vá com o tanque cheio por precaução.
Caso você venha de El Calafate, na Argentina (268 km) será necessário cruzar a fronteira Río Don Guillermo, que está localizada na cidade Villa Cerro Castillo (52 km de Portería Sarmiento e 58 km de Portería Laguna Amarga). Essa não é uma boa opção para fazer de carro alugado, pois as locadoras podem cobrar taxas para atravessar a fronteira.
Abaixo estão as empresas de ônibus que fazem o trajeto da cidade até o parque na alta temporada, com saída da rodoviária de Puerto Natales (lembre-se de sempre confirmar os horários e valores, que podem variar):
- Buses Gómez, Buses María José, Bus Sur, Buses Juan Ojeda e Buses JB.
- Preço: $15.000 (R$ 80) ida e volta
- A passagem pode ser comprada diretamente no site das empresas ou em agregadores como Recorridos, Passajebus ou Busbud.
Ônibus de Puerto Natales a Torres del Paine
Horário 01 | Horário 02 | |
Saída de Puerto Natales | 07:30 | 14:30 |
Parada em Laguna Amarga | 09:45 | 16:45 |
Parada em Pudeto (catamarã) | 10:30 | 17:15 |
Parada na Administração | 11:45 | 18:00 |
Ônibus de Torres del Paine a Puerto Natales
Horário 01 | Horário 02 | |
Saída da Administração | 13:00 | 18:00 |
Parada em Pudeto (catamarã) | 13:30 | 19:00 |
Parada em Laguna Amarga | 14:30 | 19:45 |
Chegada a Puerto Natales | 17:00 | 22:00 |
Indo de ônibus, a entrada é pela Guardería Laguna Amarga. Onde todos devem descer e comprar o ingresso e em seguida o ônibus segue o caminho para Pudeto e por último para na administração antes de retornar para Puerto Natales.
Se você precisar ir para o setor Las Torres, onde fica o Hotel Las Torres e os Refúgios Torre Central e Torre Norte, deve descer em Laguna Amarga e, após a entrada, pegar o ônibus operado pelo Hotel Las Torres. A viagem dura aproximadamente de 15 minutos e custa $ 3.000 (R$ 16), que deve ser pago diretamente ao motorista.
3.2 Via Marítima até Torres del Paine
O parque também pode ser acessado por mar de Puerto Montt (a rota dura quase três dias) ou de Puerto Natales, navegando pelo Sendo de Última Esperanza até as geleiras Serrano e Balmaceda, seguindo o rio Serrano e chegando ao parque.
Entrada
Chegando ao parque, é necessário pagar a entrada em dinheiro (pesos, dólares ou euros), que atualmente está custando $ 25.000 (R$ 135) em alta temporada para entrar e sair por até 3 dias consecutivos e não esqueça de carimbar o ingresso na entrada e escrever seu nome e documento no verso caso queira retornar. Para entradas por mais de 3 dias o preço é de $ 35.000 (R$ 190). Nas entradas estão disponíveis mapas do parque, não esqueça de pegá-los.
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De carro você pode entrar por qualquer uma das entradas, o preço é o mesmo. A entrada mais próxima de Puerto Natales é a Serrano, geralmente usada por quem planeja conhecer o parque de carro.
- Entrada Laguna Amarga: Rota 9 e entre a esquerda em Cerro Castillo pegando a Rota Y-150, em seguida siga pela Y-156 (direita na bifurcação) – 115 km.
- Alta temporada: 07h00 às 21h00
- Baixa temporada: 08h30 às 17h30
- Entrada Lago Sarmiento: Rota 9 e entre a esquerda em Cerro Castillo pegando a Rota Y-150 – 110 km.
- Alta temporada: 08h00 às 20h00
- Baixa temporada: 08h30 às 17h30
- Entrada Serrano: Rota 9 e em seguida entre à esquerda na Y-290 (no caminho fica o Monumento Natural da Caverna Milodón) – 80 km
- Alta temporada: 07h00 às 21h00
- Baixa temporada: 08h30 às 18h15
Onde Ficar
Existe a possibilidade de se hospedar dentro do parque ou em uma cidade próxima, como Puerto Natales. Para escolher onde ficar, primeiro é preciso definir que tipos de passeios você pretende fazer:
- Para fazer os circuitos de trekking como o “W”, será necessário dormir no parque e ir trocando de acomodação à medida que avança nas caminhadas.
- Para fazer cavalgadas, navegação ou caminhadas casuais por vários dias seguidos o ideal é dormir dentro do parque para evitar o trajeto diário desde a cidade.
- Por último, caso você só vá ao parque por um ou dois dias, dormir em Puerto Natales é uma boa opção, pela maior variedade de hospedagem e preços de hotéis mais em conta.
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Para pernoitar no parque é obrigatório reservar todos os acampamentos ou refúgios antes de entrar.
Hotéis de Luxo
Para quem quer se hospedar em meio a natureza, mas não abre mão do conforto ou até para aquele descanso merecido depois de realizar algum dos circuitos de trekking, o parque dispõe de ótimos hotéis, estâncias e até resorts. Quase todos os hotéis são all-inclusive e oferecem além das muitas comodidades e refeições inclusas: traslados, passeios e guias especializados.
Algumas opções são:
Refúgios
Os refúgios são similares a hostels com quartos compartilhados. Eles geralmente oferecem jantar como opcional e fornecem box lunch para quem vai fazer trilhas. Você pode levar seu próprio saco de dormir ou pode reservar uma cama com lençol e cobertor, pagando mais caro por isso.
Além disso possuem sala de estar aquecida que é o ponto de encontro no final do dia para compartilhar as aventuras e histórias com viajantes de várias nacionalidades.
Os refúgios são administrados por duas empresas:
- A Fantástico Sur administra os refúgios Torre Norte, Torre Central, El Chileno e Los Cuernos.
- A Vertice administra os refúgios Paine Grande, Grey e Dickson.
Campings
Nas áreas para camping há abastecimento de água, banheiros e área para cozinhar e alguns campings ficam bem ao lado de refúgios, que tem restaurante e loja de conveniência.
É estritamente proibido acampar fora das áreas demarcadas para evitar tragédias como os incêndios causados por turistas em 2005 e 2011, que deixam suas tristes marcas até hoje.
- A Fantástico Sur administra os campings Serón, Los Cuernos, El Chileno, Central e Francés.
- A Vertice administra os campings Paine Grande, Grey, Dickson e Los Perros.
- A CONAF administra os campings gratuitos Paso (aberto de novembro – abril) e Italiano (aberto de outubro – abril).
- Além desses, existem os campings privados Camping Pehoé e Camping Río Serrano. Todos os dois com acesso para carros.
Principais Atrações do Parque
Vales
Valle del Francés: Localizado no coração do circuito “W”, é um dos lugares mais incríveis do parque.
Valle del Silencio: Formado por uma geleira fóssil, é possível ver as faces ocultas das Torres del Paine. Seu acesso é restrito a escaladores e grupos com guias.
Mirantes
Mirador Nordenskjöld: Vista muito linda dos Cuernos del Paine, uma das mais impactantes do parque. Aqui venta muito, é difícil até de caminhar.
Mirador Los Cuernos: Fica em uma trilha próximo a Pudeto. Com vista dos Cuernos del Paine e Paine Grande, com seu gelo característico, além do Valle del Francés.
Mirador Salto Grande: Localizado a 2 km da rota principal, com uma vista sensacional da cachoeira de 10 m de altura que desemboca no Lago Pehoé.
Mirador Ferrier: localizado a uma altura de 600m e fora dos circuitos de trekking tradicionais. A trilha se inicia na Guardería Grey. Oferece uma vista inigualável do Maciço Paine, do Campo de Gelo do Sul da Patagônia e de quase todos os lagos do parque.
Mirador Laguna Azul: É o único lugar no parque onde você pode ver Torres del Paine completamente, sem a necessidade de trekking em dias que não estejam encobertos de nuvens.
Lagos
Lago Sarmiento: possui as margens brancas, por causa de carbonato de cálcio chamado aragonita.
Lago Nordenskjöld: tem esse nome devido ao seu descobridor sueco, do mirante é possível avistar Maciço Paine.
Lago Toro: é o maior da região, mas grande parte fica fora do parque. Nele é autorizada a prática de pesca esportiva.
Lago Pehoé: uma das melhores vistas dos Cuernos del Paine; às vezes, o maciço é refletido nas águas do lago, dando um espetáculo único.
Lago Grey: formado pelo glaciar de mesmo nome e por isso tem uma coloração leitosa, com muitos sedimentos na superfície e águas bem geladas. Dá para observar vários fragmentos do glaciar flutuando no lago.
Glaciares
Glaciar Grey: é um dos maiores do parque. Visto de perto por trilha ou navegação no lago Grey. Aqui também são feitas caminhadas sobre o gelo.
Glaciar Francés: localizado no Valle del Francés e desce da montanha Paine Grande.
O Seguro Viagem não é obrigatório para entrar na Chile, mas especialmente se você for conhecer a Patagônia, a contratação dele é indispensável, afinal é sempre importante ter com o que contar em caso de acidente, doença ou mesmo algum problema devido à alimentação diferente da habitual, ainda mais quando se trata de uma viagem com muita aventura.
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Roteiro Circuito W
Preparei uma sugestão para realizar o circuito W, que é o mais conhecido do parque. Você pode adaptá-lo e até fazer, como algumas pessoas preferem, de forma invertida, deixando o trekking até a base das torres por último.
Dia 01 – Chegada em Torres del Paine – Hospedagem no Refúgio Torre Central, Torre Norte ou Camping Central (Fantástico Sur)
Saida de Puerto Natales no ônibus da manhã ou da tarde com destino ao Parque Torres del Paine – Guardería Laguna Amarga. De lá o ideal é seguir de ônibus para o setor Las Torres. Chegada ao refúgio para o primeiro pernoite. Se você chegar no ônibus da manhã dá para adiantar a caminhada do dia seguinte e diminuir um dia do roteiro ou reservar alguma excursão no Hotel Las Torres.
Dia 02 – Trekking para a Base das Torres – Hospedagem no Refúgio Torre Central, Torre Norte ou Camping Central (Fantástico Sur)
(distância: 24 km / duração: 8 a 10 horas / nível: médio-difícil)
Depois de um bom café da manhã, você deve iniciar a caminhada em direção à Base das Torres, levando apenas uma mochila pequena com os itens essenciais. Após 2 horas de caminhada você chegará ao Refúgio El Chileno. Faça uma pausa no refúgio para recuperar um pouco as energias e depois continue caminhando pelo bosque de lengas até atingir o último trecho: uma subida de meia hora entre muitas rochas. Não desanime, pois esse é talvez o trecho mais difícil do circuito, mas também um dos mais recompensadores. A chegada à indescritível base das três torres compensa todo o longo percurso.
>>Contamos aqui todos os detalhes da trilha até a base das torres
No final retorne pelo mesmo trajeto e desfrute de uma boa noite de sono em preparação para o dia seguinte.
Dia 03 – Trekking para o Setor Los Cuernos – Hospedagem no Refúgio ou Camping Los Cuernos (Fantástico Sur) ou Camping Francés (Vertice)
(distância: 12 km / duração: 5 a 6 horas / nível: médio)
Inicie a caminhada pela manhã seguindo o para o setor Los Cuernos. O caminho segue entre o lago Nordenskjöld e o monte Almirante Nieto. Observe a beleza da vegetação e da paisagem no caminho.
Dia 04 – Trekking para o Valle del Francés – Mirador Británico – Hospedagem no Refúgio ou Camping Paine Grande (Vertice)
(distância: 25 km / duração: 11 a 12 horas / nível: médio)
Após o café da manhã, comece a caminhada até o Camping Italiano, em um percurso quase plano, lá você pode procurar os guardas da CONAF e deixar sua mochila grande, seguindo apenas com o necessário para o Valle del Francés e Mirador Británico.
A partir do Camping Italiano começa a subida para o Valle del Francés e a trilha fica mais íngreme. A chegada ao Mirador Francés é exaustiva, mas vale a pena. Depois de uma parada no mirador, não desista e continue a subida em direção ao Mirador Británico, com uma das melhores paisagens de todo o circuito, onde é possível avistar os cerros Paine Grande, Catedral, Hoja, Máscara, Espada, Aleta de Tiburón y Cuerno Norte.
O retorno é pela mesma trilha, até chegar ao Camping Italiano. Pegue sua mochila e siga em direção ao lago Pehoé para chegar ao Refúgio Paine Grande e finalizar mais um dia de caminhada.
Dia 05 – Trekking para o Mirador Glaciar Grey – Catamarã para Pudeto – Retorno para Puerto Natales
(distância: 22 km / duração: 8 a 9 horas / nível: médio)
Chegamos ao último dia do roteiro. A primeira parada será no Mirador Glaciar Grey, após uma caminhada de 03h30, a vista a partir do mirante faz compensar todo o esforço da caminhada. Após a parada no último destino do circuito W, retorne pelo mesmo caminho e siga até a estação do catamarã que cruzará o lago Pehoé, próximo ao refúgio Paine Grande. Esteja lá para pegar o barco das 17h00 ou 18h35 com direção a Pudeto e de lá pegar o ônibus das 19h00 com destino a Puerto Natales.
Catamarã operador pela empresa Hielos Patagónicos – US$ 35 (R$ 150)
Horários na alta temporada:
Saída de Pudeto | Saída de Paine Grande |
---|---|
09:00 | 09:35 |
11:00 | 11:35 |
16:15 | 17:00 |
18:00 | 18:35 |
Dicas e Cuidados
Que roupas usar
Passeios de 1 dia
Estar com a roupa certa é essencial para não passar dificuldade no parque, que é composto de diversos microclimas devido ao seu relevo, com montanhas e lagos. Dê uma atenção especial para calçados confortáveis e compatíveis com o clima e jaquetas impermeáveis. Geralmente os passeios incluem caminhadas, e um calçado confortável e roupas secas fazem toda a diferença.
O ideal é se vestir em camadas, com roupas leves que vão ser retiradas ou recolocadas de acordo com o clima no momento.
1ª Camada
- Camiseta térmica de manga longa e gola alta
- Calça térmica
- Meias de caminhada
- Luvas
- Gorro com forro interno de fleece na altura dos ouvidos
- Protetor de pescoço (tipo Buff)
- Óculos de sol
2ª Camada
- Blusa de fleece, lã ou moletom
- Calça confortável (caminhada ou esportiva)
3ª Camada
- Jaqueta impermeável / corta vento
- Casaco mais pesado (no inverno ou dia muito frio)
- Polainas (opcional)
- Calçado confortável (se o passeio tiver muita caminhada, dê preferência a botas impermeáveis de cano alto para evitar torções)
Leve uma mochila pequena, apenas com os itens essenciais: uma garrafa de água, um sanduíche ou algum outro lanche pro almoço, barrinhas de cereal ou de proteína que contenha chocolate meio amargo para dar mais energia, uma fruta e uma câmera para registrar todos os momentos. Além disso leve protetor solar e protetor labial, que são itens essenciais na Patagônia devido ao alto índice UV.
Eu usei uma mochila da Sea-to-summit supercompacta e impermeável que achei excelente.
A última recomendação é não utilizar botas ou tênis novos em trilhas para evitar criar calos e no primeiro desconforto parar e corrigir o problema (meias fora de lugar, pedrinhas no tênis, etc.)
Circuito de Trekking
Se for fazer as trilhas de vários dias acrescente os seguintes itens:
- Mochila de 40 litros para o circuito (com capa à prova d’água para cobrir em caso de chuva)
- Mochila de 20-25 litros para caminhadas durante o dia
- Camisetas de manga curta para dias mais quentes ou caminhadas longas
- Botas impermeáveis de trekking de cano alto para evitar torções são essenciais
- Carregadores externos para celular e câmera
- Chinelos (para tomar banho e descanso a noite)
- Lanterna (caso vá ficar em camping ou for fora do verão)
- Cadeado
- Canivete
- Toalha (se for ficar em camping ou refúgio que não ofereça)
- Bastão de trekking (apenas 1 é suficiente)
- Kit de primeiros socorros (analgésicos, anti-sépticos, antialérgicos, repelente, bandagens, etc.)
- Utensílios de cozinha, caso você ache necessário: fogareiro que utilize gás (outros não são permitidos), panela, talheres, isqueiro; potes herméticos
- Sacos para guardar seu lixo
Cuidados
- O cuidado mais essencial é com o planejamento, faça tudo com base no seu tempo disponível, capacidade física, equipamentos e orçamento.
- Evite ir além da sua capacidade principalmente nos circuitos que requerem preparação física especial, devido às longas caminhadas carregando peso e tenha o equipamento certo, que suporte ventos muito fortes e temperaturas baixas, mas que seja leve.
- Procure informar sua família sobre os detalhes do seu roteiro, como as datas de entrada e retorno, pois dentro do parque você não terá nenhum tipo de acesso por telefone ou internet.
- Leve a confirmação de toda a sua hospedagem no parque para evitar maiores problemas.
- Use protetor solar e labial, mesmo em dias nublados, e aplique-os várias vezes ao dia por causa das altas taxas de radiação UV. Use óculos escuros de boa qualidade e um boné ou chapéu de cor clara.
- Se encontrar um puma não se aproxime. Pare, dê passos para trás devagar e nunca corra! A maioria dos pumas tenta evitar o contato e foge. Em último caso tente fazer barulho para afastá-lo.
- Em caso de acidente peça ajuda aos guardas da CONAF e respeite suas instruções e recomendações.
- Nas trilhas evite carregar objetos pendurados na mochila. Eles podem desequilibrá-lo, prender nos galhos e causar acidentes.
- Se for reabastecer sua garrafa de água no parque procure um local com água corrente.
- Por último sempre viaje com um Seguro Viagem para usar em caso de necessidade como doença ou acidente.
Proibições
- Acampamento: se você for pego acampando em uma área não autorizada, será imediatamente expulso do parque.
- Proibido caminhar por áreas não demarcadas como trilhas.
- Uso de fogo: o uso de qualquer fonte de calor dentro do parque é proibido por lei. É permitido cozinhar apenas nas áreas demarcadas nos campings.
- Lixo: todo o lixo gerado durante a sua visita deve ser retirado do parque.
- Animais de estimação: não é permitida a entrada; bem como alimentar ou perturbar a vida selvagem.
- Proibido o uso de drones.
- Ciclismo: não é permitido realizar essa atividade sozinho nas trilhas do parque.
- Natação: é proibida em todas as águas do parque.
Para mais informações acesse o site oficial.
>>Acesse aqui todos os artigos sobre Torres del Paine
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